ARAUJO, Dayane Caicó Collares. Estudo de Segurança Clínico-laboratorial da
Sinvastatina em cães, 2018. Dissertação (Mestrado em Medicina Veterinária). Instituto de
Veterinária. Departamento de Medicina e Cirurgia Veterinária. Universidade Federal Rural do
Rio de Janeiro, Seropédica, RJ, 2018.
A dislipidemia ou hiperlipidemia é uma condição clínica emergente nos cães da atualidade.
Evidências científicas sugerem que pode preceder doenças de importância clinica como
pancreatite, resistência insulínica, e doença hepatobiliar. A sinvastatina é um importante
hipolipemiante que age, principalmente, na redução do colesterol LDL, inibindo
reversivelmente a enzima HMG-CoA. O objetivo do trabalho foi avaliar os possíveis efeitos
adversos em cães submetidos ao tratamento com sinvastatina. Para tal, foram utilizados 27
animais da espécie canina, da raça Beagle, de ambos os sexos, clinicamente saudáveis e com
idades entre 1-7 anos do Laboratório de Quimioterapia Experimental em Parasitologia
Veterinária da UFRRJ (LQEPV-UFRRJ), vinculado ao Departamento de Parasitologia Animal.
A segurança foi avaliada por meio de avaliações clínicas gerais, avaliações
laboratoriais(hemograma, uréia, creatinina, fosfatase alcalina, aspartato aminotransferase,
alanina aminotransferase, creatinoquinase, proteínas totais, albumina, colesterol e
triglicerídeos) e ultrassonografia abdominal. As ocorrências clínicas mais frequentes foram
vômitos (11 animais) e alteração na consistência das fezes (20 animais). A ultrassonografia
evidenciou alterações sugestivas de gastrite, lama biliar e hepato esplenomegalia. Quanto aos
parâmetros laboratoriais obteve-se diferença estatística significativa nas taxas de aspartato
aminotransferase, triglicerídeos, plaquetas e albumina ; ocorrendo aumento da primeira e
diminuição das demais. As alterações não foram relacionadas ao tratamento com sinvastatina,
concluindo-se que a sinvastatina é medicação segura para o uso em cães.
Palavras-chave: dislipidemia; estatinas; cães; beagles.